Ouvindo Christian Dunker: A Formação Contínua como Antídoto ao Sucateamento.
No MOA, temos uma missão clara: “Cuidar de quem cuida”.
Isso significa construir ferramentas que combatam o “sucateamento” da psicologia, um modelo que força terapeutas a atenderem 10, 12 pacientes por dia, sem tempo para o essencial: estudar o caso, supervisionar e continuar a própria formação.
É por isso que ficamos incrivelmente orgulhosos de abrir este espaço para um relato da Aline Melo, psicóloga, psicanalista, coautora de artigos sobre o tema e a primeira profissional a fazer parte do “Founding Circle” do MOA.
Recentemente, ela esteve com um dos maiores nomes da psicanálise no Brasil, Christian Dunker. Pedimos que ela compartilhasse sua experiência.
Voz Convidada: Encontrando Christian Dunker
Por Aline Honorato Bandeira Melo
“Acredito que quase toda pessoa interessada em psicanálise e psicologia já ouviu falar em Christian Dunker.
Para quem não conhece, dentre tantos predicados, Christian é psicanalista, professor, autor de vários livros e dono de um canal no “Youtchube”, onde realiza a transmissão da psicanálise.
Canal esse que faz parte da minha formação enquanto analista. Já perdi as contas de quantas horas passei assistindo seus vídeos. Ao meu ver, dono de uma transmissão singular.
Assim, vê-lo e ouvi-lo pessoalmente foi um verdadeiro privilégio.”
📸 Encontro de Aline Melo com Christian Dunker
Registro do encontro entre nossa psicóloga parceira, Aline Melo, e o psicanalista Christian Dunker durante a 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas.
O Tempo para a Formação NÃO é um Luxo
O relato da Aline é mais do que uma admiração pessoal. Ele é um manifesto.
Quando ela usa a palavra “privilégio” para descrever o ato de parar para ouvir Dunker, ela está certa. Em um sistema “uberizado”, que exige volume de atendimento para ganhos mínimos, tirar uma tarde para estudar se tornou, infelizmente, um privilégio.
Mas não deveria ser.
A “transmissão da psicanálise” (ou a formação contínua em TCC, ou qualquer outra abordagem) é o coração da prática clínica. É o que diferencia um profissional de saúde de um mero “ouvinte de aplicativo”.
O “sucateamento” que a Mariana Cortes nos descreveu não é apenas sobre ganhar R$30 por sessão. É sobre o que esse valor impede: ele impede o terapeuta de ter tempo para fazer o que a Aline fez. Ele impede o estudo.
Nossa missão no MOA é radicalmente simples: automatizar a burocracia para devolver o seu tempo.
Queremos que você tenha mais tempo para ler, para supervisionar, para ir a palestras e para fazer sua própria análise. Queremos que o “privilégio” de se aprimorar volte a ser parte fundamental da sua rotina de trabalho.
Estamos imensamente orgulhosos de ter profissionais do nível da Aline construindo isso conosco.