Psicólogo pode divulgar o preço da sessão? A Ética x O "Paradoxo" das Plataformas.


É a dúvida de marketing nº 1 de todo psicólogo clínico: “Posso colocar o valor da sessão no meu site ou Instagram?”

A resposta curta do Conselho Federal de Psicologia (CFP) é clara: Não.

O Artigo 20 do Código de Ética proíbe o uso de recursos de “autopromoção, sensacionalismo ou concorrência desleal”. E o CFP interpreta a divulgação pública de preços e promoções como uma prática mercantilista, que fere a ética da profissão.

A lógica é sólida: o objetivo é evitar que a psicologia se torne um leilão de “quem cobra menos”. É uma regra que tenta proteger a profissão do sucateamento.

E então, você abre o Zenklub, a Vittude ou o Doctoralia. E o que você vê?

Preços. Pacotes. Valores por sessão.

Afinal, por que eles podem e você não?

A “Brecha” da Plataforma (CNPJ vs. CPF)

A explicação é uma tecnicalidade jurídica:

  1. O Psicólogo (CPF): Você é um profissional de saúde regido diretamente pelo Código de Ética. Você não pode anunciar seu preço.
  2. A Plataforma (CNPJ): O Zenklub (ou Psymeet, etc.) não é um psicólogo. É uma empresa de tecnologia que atua como “intermediadora” ou “marketplace” de serviços.

Legalmente, quem exibe o preço é a plataforma, dentro do modelo comercial dela. O CFP “tolera” essa prática, mas a responsabilidade ética do psicólogo dentro da plataforma continua valendo.

O problema é que, na prática, essa “brecha” se tornou o motor da “uberização” da saúde mental.

O Problema não é Mostrar o Preço. É Competir por Preço.

O espírito da regra do CFP era nobre: evitar o leilão. Mas a realidade das plataformas criou exatamente o que a regra tentava impedir, só que de forma pior.

Elas não apenas mostram o preço; elas o usam como principal ferramenta de marketing.

  • Elas criam um catálogo onde o paciente compara terapeutas como produtos.
  • Elas pressionam psicólogos a cobrarem “valor social” (como os R$30 obrigatórios do Psymeet) para “começar a ter pacientes”.
  • Elas transformam a clínica em um jogo de quem tem mais “estrelinhas” (antiético, como já discutimos).

O resultado? O sucateamento acontece de qualquer forma.

A Posição do MOA: Autonomia e Valorização

Nós nascemos para ser o antídoto para isso.

Nós somos uma plataforma de tecnologia, mas nos recusamos a usar o modelo de “leilão”.

No MOA, a lógica é invertida:

  1. Autonomia Total: Você define o seu preço. Nós não impomos “valor social” ou descontos obrigatórios.
  2. Foco no Valor, não no Preço: Nosso marketing (com IA de triagem e Perfis de Vídeo) não é focado em quem é mais barato. É focado em conectar o paciente com o profissional certo e em educá-lo sobre o valor do seu trabalho.
  3. Transparência Ética: Sim, o paciente verá seu preço na hora de agendar - mas ele verá o seu preço, o preço justo, no final de um processo de matchmaking ético, e não em uma lista de supermercado.

Não estamos construindo mais um marketplace. Estamos construindo um santuário.

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